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Os 20 princípios básicos da Criação de Cães”:

1º) Os melhores cães vêm dos melhores criadores. O criador é o “pilar fundamental” da estruturação de uma boa “criação”, e por isso ele sempre deve enfatizar a importância desses “princípios”, como “prioridade”.
2º) Não faça uso do “outcross” indiscriminadamente. Um “outcross” muito estudado, estudado mesmo, pode ser de grande “valor”. Um “tolo”, fazendo uso do “outcross”, pode produzir e adicionar grandes falhas, inimagináveis, na criação dele mesmo e na raça.

3º) Não faça “linebreeding” só por fazer “linebreeding”. “Linebreeding” com tipos complementares pode trazer grandes sucessos; com inapropriados: vai diretamente acarretar um desastre imediato.
4º)Não tome em consideração os conselhos de pessoas que sempre foram infelizes em procriar. Se as opiniões destes fracassados fossem para serem levadas em consideração, primeiramente eles teriam de o demonstrar com os seus resultados, de sucesso, o que muitas vezes não acontece.
5º) Não confie na crença popular de que um irmão ou irmã do grande campeão é tão bom como ele para criar. Para “cada um que vale”, há centenas que não. Depende sempre do animal.
6º) Não dê a seus cães virtudes que não possuem. A ilusão é um algo que te leva ao fiasco.
7º) Não crie com base em exemplares medíocres. A ausência de uma falta, de qualquer forma, significa a presença da sua virtude.
8º) Não tente cruzar em linha dois cães ao mesmo tempo: vai acabar por não fazê-lo a nenhum.
9º)Não determine o mérito de um garanhão pela sua pior descendência. Ele deve ser valorizado por aquilo que produz de “MELHOR”. Todos os garanhões produzem lixo, por vezes.

10º) Não deixe que sentimentos pessoais atuem na escolha de um garanhão. O cão certo para a sua fêmea é o cão certo, quem quer que o tenha.
11º) Não deixe que a admiração de um garanhão oculte as suas faltas/defeitos. Se o fizer, em breve será vítima de auto-envenenamento, e pagará por isso.

12º) Não acasale NUNCA animais que compartilhem da mesma falta/defeito. Se o fizer, está a procura de problemas, e irá colhê-los.
13º) Não se esqueça que é o “cão completo”, no seu “conjunto”, que conta. Se se esquecer de uma virtude enquanto procura outra, vai pagar por isto.

14º) Não procure o cão perfeito para a sua cadela. O cão perfeito (ou fêmea) não existe, nunca existiu, e nem existirá.
15º) Não se assuste em criar animais que tenham falhas óbvias, desde que tenham virtudes que compensam. Uma “falta de virtudes” é, de longe, a maior falha de todas.
16º) Não acasale “tipos não complementares”. A habilidade de se reconhecer o “tipo” em uma “olhada” é o maior “dom” de um criador. Peça aos criadores bem sucedidos que lhe expliquem este assunto, não há outra maneira de aprender. OBS: Eu definiria “tipos não complementares” como aqueles que: têm as mesmas falhas e não têm as mesmas virtudes.
17º) Não se esqueça da necessidade de preservar a “qualidade superior” que o cão possui; se o fizer, esta desaparecerá como “poeira no vento”.
18º) Não se esqueça de que a: “essência” (genótipo) + “qualidade” (fenótipo) deve sempre ser uma das suas premissas ou aspirações, na criação. Qualquer tolo pode criar uma sem a outra, e isto significa insucesso.
19º) Não tente nunca desacreditar um grande bull terrier. Um “tipo de beleza” não é uma alegria para sempre, mas um grande bull terrier deve ser causa de orgulho e prazer estético para todos os verdadeiros amantes da raça.
20º) Não fique satisfeito com nada que não seja o “melhor.” O “segundo melhor” nunca é o suficiente.

Fonte: Raymond Oppenheimer, afixo “Ormandy”, com tradução e adaptação de Leonardo Hellmeister Sorrentino (Canil Duc Pollack – www.canil.vet.br)

 

P.S. O desaparecido Raymond Oppenheimer é considerado o mais bem sucedido e erudito criador de cães de raça. Seu canil “Ormandy” tem reputação mundialmente por ter produzidos muitos dos considerados “melhores bull terriers” de sua época. Embora seus "vinte princípios básicos da criação" foram escritos especificamente para a criação de seus “bull terriers”, são muito válidos e interessantes para todas as raças caninas.

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